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Arquitetos: Ramos Bilbao Arquitectos
- Área: 814 m²
- Ano: 2022
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Fotografías:Pedro Pegenaute
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Fabricantes: Abbiamo360, AutoDesk, B.lux, Chaos Group, Hi-Macs, Key Cucine, MORTEX, Pando, Parklex Prodema, Schüco, Stua, TREKU, Trimble, VMZINC
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este projeto é o resultado da experimentação volumétrica para resolver um problema existente nos lotes desta área, uma área tão bonita quanto urbanisticamente explorada e que, como resultado, tem gerado lotes longitudinais muito estreitos, com áreas de jardim pouco úteis e que impedem a realização de atividades recreativas, além de residências com limitações significativas de iluminação natural, principalmente para aquelas localizadas em áreas centrais entre empenas. Na tentativa de resolver ambos os problemas estava o desafio deste projeto.
A solução envolveu uma série de giros e deslocamentos volumétricos. O movimento da planta liberou as habitações do jugo dos tradicionais "jardins parterre", permitindo-lhes desfrutar de um grande espaço verde em cada uma delas e garantindo a luz direta do sol durante todo o dia nesses espaços.
Dessa forma, as propriedades, casa e jardim, deixaram de ser longitudinalmente enclaussuradas e passaram a formar um “L” no térreo, coincidindo nos limites com o subsolo, o que gerava problemas de privacidade entre os próprios vizinhos.
Esta característica, tão importante em nossa cultura, e especialmente na cultura basca, foi resolvida por meio de um interessante conjunto de planos executados em concreto aparente que guiariam o usuário para suas áreas verdes de uso privado e, ao mesmo tempo, limitariam as vistas entre vizinhos, garantindo a privacidade.
A robusta materialidade do concreto aparente que acabou por ser elevado através do deslizamento dos volumes, garante, de forma análoga à feita pelo famoso quebra-mar natural Flysch que caracteriza toda esta zona costeira, uma grande durabilidade e baixa manutenção em um terreno em que o mar (neste caso o salitre) está continuamente presente no meio ambiente, gerando uma deterioração significativa dos materiais.
A configuração e o equipamento das habitações, fechamentos e instalações visam atingir a máxima eficiência energética possível, reduzindo a zero os consumos e as emissões através da produção sustentável de toda a energia necessária, neste caso através de bombas de calor geotérmicas, procurando ser, desta forma, uma habitação de baixo impacto capaz de garantir um abrigo eterno.